Netiqueta

Regras de etiqueta para a Internet: netiqueta

O conceito de netiqueta pode ser compreendido, tomando o sentido da palavra ao pédaletra: a etiqueta no uso da rede (net). Assim como em atividade de grupo, na Internet, cada um deve sempre usar o bom senso ao entrar em contato com outras pessoas, de maneira a evitar ofensas, agressões ou desentendimentos.
Algumas regras de bom comportamento na Internet foram estabelecidas e as pessoas devem comportar-se de forma apropriada nas ferramentas de comunicação. Veja a lista abaixo:
Nunca se esqueça de que há pessoas do outro lado da linha.
Seja cuidadoso com o que fala para e sobre os outros.
Seja claro, breve e objetivo.
Use um formato adequado.
Enderece corretamente sua mensagem.
Respeite direitos autorais (copyright).
Não divulgue propaganda pela rede.
Respeite a privacidade dos outros.
Fale, não GRITE! ESCREVER USANDO SOMENTE LETRAS MAIÚSCULAS FAZ
IMAGINAR QUE O AUTOR ESTÁ FALANDO EM VOZ ALTA OU GRITANDO.
Sorria :-); pisque ;-); chore &-(. Mas só com os amigos! Com seu chefe, nem pensar!
Os emoticons (ou smileys) representam nosso estado de ânimo.
Participe quando tiver algo a dizer.
Responda as mensagens recebidas.
Não envie mensagens repetidas.
Pense nas conseqüências sociais causadas pelo que você escreve.
Se o conteúdo de sua mensagem for estritamente pessoal e particular, use o correio
eletrônico para comunicar-se diretamente com seu interlocutor.
Quando mencionar outra mensagem, faça um breve resumo para reavivar a mensagem
original na memória do leitor; pode copiar pequenos trechos, mas não a mensagem toda.
Em listas de discussão, leia toda a discussão antes de enviar mensagem, pois alguém já pode ter dito o que você quer dizer.
Enderece corretamente sua mensagem.
Se houver outros destinatários no campo Cc: inclua-os na sua mensagem também.

Milho de pipoca

Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho para sempre.
Assim acontece com a gente.
As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo.
Quem não passa pelo fogo, fica do mesmo jeito a vida inteira.
São pessoas de uma mesmice e uma dureza assombrosa.
Só que elas não percebem e acham que seu jeito de ser é o melhor jeito de ser.

Mas, de repente, vem o fogo.
O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos: a dor.

Pode ser fogo de fora:
perder um amor, perder um filho, o pai, a mãe, perder o emprego ou ficar pobre.

Pode ser fogo de dentro:
pânico, medo, ansiedade, depressão ou sofrimento, cujas causas ignoramos.

Há sempre o recurso do remédio: apagar o fogo!
Sem fogo o sofrimento diminui. Com isso, a possibilidade da grande transformação também.
Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro cada vez mais quente, pensa que sua hora chegou: vai morrer.
Dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar um destino diferente para si.
Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada para ela.
A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz.
Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo a grande transformação acontece:

BUMMMMMM!

E ela aparece como uma outra coisa completamente diferente, algo que ela mesma nunca havia sonhado.
Bom, mas ainda temos o piruá, que é o milho de pipoca que se recusa a estourar.
São como aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar.
Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem.
A presunção e o medo são a dura casca do milho que não estoura.

No entanto, o destino delas é triste, já que ficarão duras a vida inteira.
Não vão se transformar na flor branca, macia e nutritiva.
Não vão dar alegria para ninguém.


Rubem Alves